quinta-feira, 23 de julho de 2009

Inefável
Cruz e Souza


Nada há que me domine e que me vença
Quando a minha alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.

Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!

Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ferro

Primeiro o ferro marca
a violência nas costas
Depois o ferro alisa
a vergonha dos cabelos
Na verdade que se precisa
é jogar o ferro fora
e quebrar todos os elos
dessa corrente de desesperos.


Luis Silva

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Figuras de linguagem:
Metáfora: emprego da palavra fora do sentido normal, por efeito de comparação.Ex: "A Amazônia é o pulmão do mundo."
Metonímia: substituição de um nome por outro que tem haver, que tem entre eles algum relacionamento. Ex: "Ler Jorge Amado" ( O autor pela obra ).
Neologia: o uso de palavras inventadas ou desviadas do seu sentido natural e do seu uso comum.

O que é parágrafo ?
São constituidos de frases que são organizadas por períodos, mudança de linha e um pequeno espaço em branco no início do seguimento do texto seguinte.
Como me utilizar de ponto e vírgula?
Em enumerações, principalmente se os elementos enumerados forem relativamente extensos e numerosos.

O que é discurso ditero, discurso indireto, e discurso indireto livre?
O discurso direto caracteriza-se pela reprodução da fala do personagem.O discurso indireto ocorre quando o narrador utiliza suas palavras e reproduz a fala de um personagem.Já o indireto livre é um caso misto de reprodução, falas do personagem e que se fudem palavras do narrador.

sábado, 16 de maio de 2009

Resumo de Citação - "Dias de sombra, dias de luz"

"Pode-se responder: podemos ficar ao lado dos dois, escolher um lado contra o outro, ou não querer pensar no assunto, pouco importa".
"Mas agir e pensar com justiça não é questão de tomar partido; é questão de experimentação sócio-moral".
"O adolescente que disse ignorar o que é a dor de perder um filho assassinado porque nunca teve filho, exibiu, sem se dar conta, sua patológica cegueira de valores."
"São dois mundos separados. Ao que a outra, com uma acuidade intelectual cirúrgica, responde: “O pior é que não são dois mundos, é um mundo só".
"Caso contrário, estaremos permanentemente expostos a um terrível impasse ético, qual seja, não saber como julgar alguém que não teve condições de dar sentido a palavras como culpa, crime e castigo".
Resumo Crítico - "Dias de sombra, dias de luz"


O texto em si propõe uma reflexão a parti do assassinato do menino João Hélio, que nos leva a pensar o que realmente pode estar envolvido atrás de todos os fotores do mesmo.Podemos então afirmar que esse crime pode ser justificado por o assassino não ter tido oportunidades, ou por ter tido uma vida toltamente inexorável? sabemos que a nossa sociedade tem sido o pior efeito e contribiu para que os sujeitos sejam formados dessa maneira. Será que cabe a nós juga-lo ? ou até mesmo a justiça que para os pobres agem de uma maneira e para or ricos totalmente diferente, o indivíduo é como se fosse uma "massinha" onde a sociedade molda da forma mais favóravel para ela, oque adianta bater em um assassino ou ele ficar anos na cadeia, ele não irá sair da mesma forma que entrou, mas sim pior, e ainda por cima quando sai não tem oportunidades de emprego e sempre é discriminado, então como ele sairá da criminalidade! A resolução do problema não é essa, mas sim mudar a nossa sociedade, educação de boa qualidade, entre outros. Mas se tratando de Brasil, sempre fica uma interrogação, até quando ?

terça-feira, 10 de março de 2009



RAQUEL

Raquel, angelina flor
Do ramalhete de Clovis
( Amor, que os astros moves
Dá-lhe o melhor amor)


Manuel Bandeira

Isto

Dizem que finjo ou minto
Tudo o que escrevo.
Não.Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê

Fernando Pessoa